Uso saudável de videojogos: dicas para os pais
«Mas estou quase a passar de nível!»
Quantas vezes já ouviu estas palavras a sair da boca dos mais novos enquanto se agarram com unhas e dentes à consola?
Assim só por alto...
Na era digital em que vivemos, os videojogos conquistaram um grande lugar nas vidas de muitas crianças e adolescentes. E, embora possam beneficiar os nossos filhos de muitas formas, desde o apoio ao desenvolvimento cognitivo até à promoção da interação social e da colaboração, continua a ser importante que os pais e os encarregados de educação estabeleçam limites de utilização e desenvolvam hábitos de jogo saudáveis.
Tudo pronto para ajudar os nossos jovens jogadores a terem hábitos mais saudáveis? Então, vamos lá continuar.
Faça a sua pesquisa e descubra quais são os seus interesses
Um jogo tem recebido ótimas críticas no recreio, mas qual é mesmo a sua classificação?
Estamos a falar das classificações etárias do PEGI, criadas para ajudar os pais a escolher os conteúdos mais apropriados para os seus filhos ou adolescentes jogadores:
- PEGI 3 – O conteúdo é adequado para todos os grupos etários. O jogo não deve conter quaisquer sons ou imagens que possam assustar crianças pequenas. É aceitável a existência de alguma forma muito suave de violência (num contexto cómico ou ambiente infantil). Não deve ser usado qualquer tipo de linguagem imprópria.
PEGI 7 – O conteúdo de jogos com cenas ou sons que possam ser assustadores para crianças mais novas entra nesta categoria. São aceitáveis formas muito suaves de violência (violência implícita, não pormenorizada e não realista) para um jogo com uma classificação PEGI 7.
PEGI 12 – Os jogos de vídeo que mostram violência de uma natureza ligeiramente mais gráfica contra personagens fictícias ou violência não realista em relação a personagens que parecem humanos. Podem existir alusões ou poses de índole sexual, mas a linguagem menos própria usada nesta categoria deve ser suave.
Para que saiba onde procurar, os rótulos estão nas embalagens físicas dos jogos, nas lojas onde são vendidos, nas descrições online, onde os jogos e as aplicações podem ser descarregados, nos anúncios de jogos e nos sites onde os jogos são analisados.
Também é importante fazer a sua pesquisa antes de comprar ou descarregar um jogo. Leia críticas, veja vídeos sobre o jogo e converse com outros pais para saber mais sobre o conteúdo do jogo e o seu possível valor educativo.
Finalmente, o que é que os seus filhos procuram nos videojogos?
Só há uma maneira de descobrir...
Incentive-os a expressarem as suas preferências de videojogos abertamente. Além de ajudar a tomar decisões mais informadas, isto também fortalece a relação entre os pais e os filhos.
Incentive uma experiência de jogo social e colaborativa
Torne o tempo passado à frente do ecrã menos solitário!
As crianças sabem que os videojogos online são uma forma de fazer e manter amigos. De facto, um inquérito recente revelou que 50% dos jovens entre os 13 e os 17 anos comunicam através de videojogos pelo menos uma vez por dia2.
Procure promover um sentido de comunidade ao convidar amigos e outros familiares a jogarem um videojogo multijogador. Esta abordagem colaborativa pode melhorar as competências de trabalho de equipa e comunicação. Nós somos tão, mas tão fãs de jogar com outras pessoas, que os videojogos LEGO para PC ou consola oferecem uma experiência cooperativa de ecrã partilhado.
Se jogarem muito, também vão conversar muito! Então, quando fizer uma pausa no jogo, que tal iniciar um debate sobre medidas de segurança no mundo online, por exemplo, o que os seus filhos devem fazer se acharem que encontraram informações falsas online.
Quando os seus filhos decidirem sair do sofá, contrabalance o tempo que passaram à frente do ecrã ao convidá-los a participar em competições ou eventos de clubes de videojogos locais. Estes eventos promovem a interação e dão aos jogadores a possibilidade de conhecerem pessoas com os mesmos interesses no mundo real.
Finalmente, procure videojogos criados para promover o trabalho de equipa e onde o sucesso reside na capacidade do jogador de colaborar, comunicar e cooperar eficazmente.
Estas competências para a vida parecem-lhe bastante úteis? A nós também!
